O trabalho de cura emocional humanizada se dá na medida em que ocorre à desconstrução gradativa das estratégias, mesmo estratégias consideradas socialmente aceitáveis ou até saudáveis; para assim acessarmos emoções nuas e cruas que estão escondidas debaixo destas estratégias em nosso inconsciente.

O apego às situações, pessoas, trabalhos ou qualquer coisa, não nos leva a sentir o que está por trás deste apego, nos fazendo dependentes.

Quando nós nos dispomos a não nos apegarmos, abrimos espaço para sentir o que está por trás do apego, pois o problema não está no que nos apegamos, mas sim no porque de nos apegarmos e qual necessidade desejamos suprir com este apego.

Através da cura emocional humanizada será possível ter vivências de como o apego não é o problema mas é apenas o meio pelo qual tentamos resolver uma questão emocional muito mais profunda dentro de nosso inconsciente, nosso corpo emocional não verbal.

Uma voz, uma emoção não verbal, que grita a ser sentida, nutrida e curada na base escondida de nossas estratégias e consequentemente apegos. Esta voz de emoção profunda não sentida, precisa e pode agora ser acessada e nutrida emocionalmente.

A cura emocional humanizada é uma profunda transformação, tanto espiritual, energética, física e principalmente emocional, que se dá através de um processo gradativo homeopático, dosado, utilizando-se da própria emoção para curar a emoção não sentida.

O nosso corpo emocional é o mais humano e espiritual, é o corpo que mais permeia todos os outros corpos.

Quando somos sentidos, de tal forma que nos sentimos sentidos também nos conteúdos de nossa infância, podemos começar a resgatar a nossa infância.

E é essa transformação que determinará nossa vida adulta apoiando profundamente nossa maturidade e saúde emocional.

Quem achamos que somos é apenas uma versão ainda muito estratégica de nós mesmos, que jamais irá satisfazer à realização de nossos sonhos verdadeiros de forma autêntica e real. Através desta visão distorcida teremos também falsas versões do que acreditamos ser nossos sonhos, sendo estes apenas realizados parcialmente.

Ao recuperarmos nossa infância, uma profunda transformação e cura poderá ocorrer, fazendo-nos aterrar neste mundo de forma cada vez mais humana, autêntica, viva, encarnada, real e madura.

Sendo assim uma pessoa não é o que ela já fez ou possui, nem mesmo por suas boas intenções e comportamentos. Ela é muito mais aquilo que sente que é autenticamente, e a partir disso para si, se experienciando consigo mesma verdadeiramente e, consequentemente, com os outros secundariamente.

O que somos, revelado autenticamente nesta transformação, sendo profundamente sentidos, é o que seremos, é o que iremos ter de experiência viva de nos mesmos, como vivência de nossa própria vida, pulsando pelo nosso coração em amor real verdadeiramente.

Rebekka Christina Baumann

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